POESIA: NATAL

Quando pequeno, no mês de dezembro,

Ouvia muitos hinos, que falavam do Natal.

Hinos que todos cantavam, com alegria sem igual,

Hinos que contavam a história, de um menino chamado Jesus,

Enviado por Deus para nos trazer paz e luz.

 

Por ser pequeno, não entendia muito bem,

As pessoas falavam de anjos que apareceram aos pastores, e cantavam: Glória a Deus nas alturas, paz na terra aos homens de boa vontade!

Os pastores com medo ficaram, mas foram até o menino e ali o adoraram.

 

Também ouvi falar de uma estrebaria, onde esse menino nasceu, “envolto em panos e deitado em uma manjedoura”, foi o sinal que o anjo deu.

 

Falavam também de reis magos que foram guiados por uma estrela, até ao local onde aquele menino estava com seus pais.

Deixaram ali, como presentes, ouro, incenso e mirra,

Não sabia bem o que eram tais presentes,

Mas sei que eram bem diferentes.

 

Ah! Já ia me esquecendo de Maria e José,

Os pais viajantes, que em Belém se hospedaram,

E lá ficaram, até o menino nascer,

Parecia que ele era muito especial,

Afinal, ele é o motivo do Natal!

 

Trago em minha mente e coração,

A alegria daqueles irmãos,

Cantando o Natal de Cristo,

Com alegria e inspiração.

 

Que alegria relembrar desses momentos,

Onde a igreja canta, o seu nascimento,

Peças teatrais e cantatas e hinos congregacionais,

Fazem-nos sentir o verdadeiro significado do Natal!

 

 

Pude entender, depois de grande,

O que tudo isso significava.

Foi o amor de Deus, por sua criação,

Trazendo através de Cristo, a redenção.

 

Amor que os homens não entenderam, e por isso,

No nascimento deram ao menino salvador, uma estrebaria, e depois de grande, o sofrimento e morte de cruz.

Mas ao terceiro dia ele ressuscitou!

E com sua vida, nos resgatou.

 

Que o Natal seja constante e diário em nossas vidas,

E que os nossos corações estejam alegres,

Cantando e anunciando o amor de Deus pela sua criação,

Trazendo para todos a mensagem de misericórdia e salvação.


Autor: Diác. Edson dos Santos - Coordenador ABL

 

 

 

 


AS SETE PALAVRAS DO SEPULCRO VAZIO (ISRAEL BELO DE AZEVEDO)

Na cruz, Jesus fala sete vezes. São falas solitárias, poderosas, amorosas, mas solitárias. Depois que ressuscitou, deixando vazio o sepulcro, Jesus fala sete vezes no domingo e dos dias seguintes. São falas comunitárias. São diálogos, na verdade.  São igualmente amorosas e poderosas.

Estão nos Evangelhos para ajudar em nossa caminhada peregrina.

Vejamos as sete falas.

 

1

"Não tenham medo". (Mateus 28.10)

A narrativa de Mateus das primeiras palavras de Jesus, após ter deixado sua própria sepultura, é belíssima em sua precisa síntese.

"As mulheres saíram depressa do sepulcro, amedrontadas e cheias de alegria, e foram correndo anunciá-lo aos discípulos de Jesus. De repente, Jesus as encontrou e disse: 

-- Salve!

O TRIPÉ DA ORAÇÃO (SYLVIO MACRI)


“Esta é a confiança que temos nele; se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. Se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos o que lhe temos pedido.’ (1Jo.5.14,15).

As orações que fazemos ao Senhor são sempre baseadas no tripé formado pela confiança, pela vontade e pela certeza.


Oramos ao Senhor porque temos confiança de que podemos fazê-lo; este foi um direito que Jesus nos deu: pedir, bater e buscar (Mt.7.7,8). Oramos porque temos a confiança de que, se o que pedimos está de acordo com a vontade de Deus, seremos atendidos. E aqui é bom lembrar o que diz Tiago: “Pedis e não recebeis, porque pedis de modo errado, só para gastardes em vossos prazeres.” (Tg.4.3). 

PASTORES CANSADOS PODEM ENCONTRAR O DESCANSO (OSWALDO JACOB)

É sabido que há muitos pastores cansados, sobrecarregados de aborrecimentos de membros de igrejas viciados, desobedientes, rebeldes, legalistas, ressentidos, raivosos ou irados, implicantes, sem afeição, sem amor, implacáveis, e acometidos de uma cardiopatia congênita (o coração do homem desde o Éden está doente, sendo enganoso e desesperadamente corrupto, Jeremias 17.9,10).  Há muitos membros de igreja insubmissos a autoridade do ministério. Há um sem número de pastores desejando jogar a toalha, fazer outra coisa no Reino de Deus, decepcionados com pessoas e líderes dissimulados. 

Alguns entram em depressão profunda. Outros, perdem a paciência e chutam o pau da barraca. Há aqueles que não aguentam mais a partir de um sofrimento atroz. O ministério se tornou algo enfadonho em função de não-resultado na vida das pessoas. Os pastores estão cansados de tanto mundanismo na comunidade religiosa, estressados ao perceberem claramente tanta gente sem compromisso, olhando para o seu próprio umbigo, estéril, infrutífera e com um péssimo testemunho.

O SENHOR TEM O SEU CAMINHO NA TORMENTA (LUIZ SAYÃO)

As palavras de Naum 1.3 ecoam desde o juízo divino que caiu sobre Nínive no século VII a.C. Mais do que nunca elas nos falam nestes dias difíceis.

Nem todos imaginam que a perspectiva do homem bíblico do Antigo Testamento possui total distinção da do homem contemporâneo secularizado e humanista. A antiguidade, como qualquer época da história humana, estava acostumada a catástrofes de todo tipo, inclusive as naturais. A revelação bíblica do AT distinguia-se da visão de mundo naturalista do paganismo do antigo Crescente Fértil. No paganismo a natureza era divinizada, enquanto que em Israel YHWH tudo dominava e era transcendente em relação ao mundo fenomenológico. Apesar dessa polarização, ninguém partia do pressuposto de que o mundo estava sob o controle do homem e que as coisas deveriam prosseguir o curso planejado e esperado pela razão humana, que “entendeu as leis do universo” e é capaz de dominá-lo com maestria. 

A ERA DO CIRCO (LÉCIO DORNAS)

Justo González, teólogo e historiador cubano, escreveu uma série de textos (Obra de 10 volumes) intitulados  "Uma História Ilustrada do Cristianismo. Um aspecto interessante deste trabalho, foi como González definiu os títulos de cada volume, começando sempre com “A era dos...”. Assim, o volume 1 foi intitulado ‘A era dos mártires’, pois tratava dos primórdios do Cristianismo. O volume 2 recebeu o título de ‘A era dos gigantes’, o volume 3 foi ‘A era das trevas’, e assim seguiu- se até o volume 10: ‘A era inconclusa’, que cuida da história do Cristianismo no século XX.

Eu tenho imaginado se Gonzáles escrever um volume 11 (e pode ser até que o esteja fazendo), que título daria para um texto sobre a história da igreja cristã no século XXI? Fosse eu a escrever esse texto, não teria dúvida: ‘A era do circo’.

A SÍNDROME DOS FILHOS DE ELI (LUIZ SAYÃO)

A igreja evangélica brasileira tem sido marcada por forte tendência evangelística. Seu crescimento numérico é inquestionável. Todavia, em meio a tão grande sucesso mensurável, um problema manifesta-se de modo incômodo nos ambientes evangélicos: muitos são os traumatizados com sua experiência evangélica. Tais pessoas ou afastam-se da igreja ou acabam mantendo um vínculo meramente formal com uma comunidade cristã, sem verdadeiro interesse na igreja e nas coisas espirituais.

Diante desse quadro, um fenômeno chama a atenção. Entre os “traumatizados da fé” destaca-se um número significativo de filhos de pastores. Como entender que até filhos de ministros evangélicos mostram-se decepcionados e frustrados com a igreja. Existe até o comentário popular nos bastidores de “síndrome de filho de pastor”. Será que o problema é novidade? Como entender a situação? O que está acontecendo?